O melancólico fim do governo Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) segue com agenda reduzida, sem o papo no cercadinho e sem as famosas lives semanais.
Bolsonaro está experimentado algo incomum na sua vida de homem público, o abandono dos amigos do poder, que aos poucos, assim como aves de rapina, deixam a carcaça de um governo sem carne.
E assim se vão os sorrisos fáceis dos amigos falsos, das bases partidárias oportunistas e de um monte de gente que passou todo esse tempo alimentando um “mito”, com o objetivo de terceirizar as suas obrigações e desejos mais íntimos, por medo de se dispor e de se expor.
O que resta para o “mito” é assistir em uma poltrona de couro, vigiada por alguns guardas federais, o seu legado ser adotado como um filho legítimo por aqueles que um dia cruzarão por ele na rua e não lhe darão ao menos um bom dia.
Assim é para Bolsonaro, assim é para todo aquele feito de carne e osso. É assim para todo “mito”.
Da redação da Folha de Brasília.