Inovação na Nanomedicina: Terapia de luz vermelha para lesões na medula espinhal
Em um avanço significativo para o tratamento de lesões na medula espinhal, pesquisadores da Universidade de Birmingham desenvolveram uma nova abordagem terapêutica utilizando luz vermelha e infravermelha. Esta técnica, conhecida como fotobiomodulação (PBM), tem mostrado um potencial notável na promoção da reparação e regeneração nervosa diretamente no local da lesão.
O que é Fotobiomodulação (PBM)?
A PBM utiliza comprimentos de onda específicos de luz para penetrar nos tecidos e estimular processos de reparação celular. A terapia foca principalmente nas mitocôndrias, aumentando a produção de adenosina trifosfato (ATP), essencial para a energia celular. Este aumento na ATP ativa mecanismos que reduzem a inflamação, previnem a morte celular e promovem a regeneração neuronal.
Resultados Promissores
Em estudos pré-clínicos, a aplicação de luz a 660 nm por um minuto diário durante sete dias resultou em uma redução significativa na cicatrização do tecido e uma recuperação funcional notável. A terapia mostrou ser neuroprotetora e neuroregenerativa, melhorando a sobrevivência e o crescimento das células nervosas. Os pesquisadores compararam métodos de entrega transcutânea e implantável da luz, ambos mostrando resultados eficazes.
Futuro dos Tratamentos de Lesões na Medula Espinhal
O próximo passo é o desenvolvimento de um dispositivo implantável que permita a entrega precisa da terapia de luz diretamente no local da lesão, potencialmente transformando o cuidado padrão para lesões na medula espinhal. A integração desta terapia em procedimentos cirúrgicos pode oferecer uma abordagem multifacetada, não apenas estabilizando a lesão, mas também ativando mecanismos de reparo a nível celular.
Esta inovação não só representa uma esperança para o tratamento de lesões na medula espinhal, mas também abre portas para o uso da PBM em outras condições neurológicas e doenças inflamatórias crônicas .
Para mais informações sobre esta pesquisa, você pode acessar os estudos completos publicados em revistas especializadas como Bioengineering & Translational Medicine.
Referências:
•Medical Xpress
•Spinal Surgery News
•Good News Network
•NeuroCare Pro
Fonte: Sociedade Brasileira de Nanomedicina